terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dor nos olhos

Estou com uma dor no olho esquerdo que já dura 4 dias. Não fui diagnosticada com neuromielite, mas tb é algo que não pode ser descartado. Alguém que tem neuromilite ( Devic ) sente esse incomodo?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Deficiência de Vitamina B12 x Mielite Transversa

Mielopatia por deficiência de vitamina B12 apresentando-se como Mielite transversa
As manifestações neurológicas associadas à deficiência de vitamina B12 incluem polineuropatia, mielopatia, demência e neuropatia óptica. O diagnóstico laboratorial é feito através da dosagem sérica de cianocobalamina ou homocisteína e da excreção urinária de ácido metilmalônico. No estudo anatomopatológico observa-se na microscopia a destruição da mielina e de axônios vistos na substância branca. A região mais comumente afetada é o cordão posterior cervical e/ou torácico. O acometimento da coluna lateral é raro, ocorrendo em casos graves e avançados. O tratamento consiste na reposição de vitamina B12 e a resposta depende da gravidade do quadro e do tempo transcorrido entre o inicio dos sintomas e inicio do tratamento.
 Foi relatado um caso de paciente que apresentou, como manifestação de deficiência de vitamina B12, mielite transversa. O estudo morfológico da medula demonstrou comprometimento dos tractos cortico-espinhais lateral e anterior, da coluna dorsal e ainda do tracto espino-talâmico.

Azatioprina

Azatioprina




A azatioprina é um medicamento que reduz a imunidade (defesas contra as infecções e de outros tipos).
Atua interferindo com os processos necessários para as células se dividirem, sendo particularmente importante a sua ação num tipo de glóbulos brancos do sangue, os linfócitos.
É administrada sob forma de comprimidos. Embora tenha menos efeitos adversos que a ciclofosfamida (outro medicamento também utilizado para tratar o mesmo tipo de doenças), a azatioprina pode ter alguns efeitos adversos e a sua utilização deve ser vigiada cuidadosamente.
São raros os efeitos sobre o tubo digestivo (aftas da boca, enjoos, diarreia, dores de estômago). As alterações do fígado podem ocorrer, mas são raras também. É frequente uma redução do número de glóbulos brancos do sangue (leucopenia), que depende da dose utilizada e não se acompanha de problemas. É rara a redução de glóbulos vermelhos ou de plaquetas.
A utilização, a longo prazo, deste medicamento associa-se teoricamente a um risco aumentado de câncer, mas até agora não existem dados que permitam concluir que isto ocorra nas crianças tratadas com a azatioprina.
Como com outros medicamentos que reduzem a imunidade, este tratamento expõe os pacientes a um risco aumentado de infecções; a infecção pelo Herpes zoster (vírus que causa a catapora e o zoster) em particular é observada com maior frequência em pacientes tratados com azatioprina.

Doença autoimune


O que é uma doença autoimune?
Nós possuímos um complexo sistema contra invasões externas. É o chamado sistema imune.
O processo evolutivo criou um mecanismo de defesa que é capaz de reconhecer praticamente qualquer tipo de invasão ou agressão. A complexidade do sistema está exatamente em conseguir distinguir entre o que é danoso ao organismo, o que faz parte do nosso próprio corpo como células, tecidos e órgãos, e o que não é nosso, mas não causa danos, como alimentos por exemplo.

Existe algo como uma "biblioteca de anticorpos" armazenada no nosso organismo. O corpo é capaz de lembrar de todas as substâncias, organismos ou proteínas estranhas que já entraram em contato conosco desde o nascimento. A estes dá-se o nome de antígenos. A partir de agora sempre que eu falar de antígeno, estarei me referindo a qualquer partícula capaz de desencadear uma resposta imune.

Durante nossa formação enquanto feto, nosso organismo começa a criar o sistema imune. O primeiro trabalho é reconhecer tudo o que é próprio, para mais tarde poder reconhecer o que é estranho. O útero materno é um ambiente estéril, ou seja, livre de agentes infecciosos. Assim que nascemos somos imediatamente expostos a um "mundo hostil" com uma enormidade de antígenos. Desde o parto, o corpo começa a reconhecer, catalogar e atacar tudo que não é original de fábrica.

Esse contato com antígenos nos primeiros anos de vida é importante para a formação desta "biblioteca de anticorpos". O corpo consegue montar uma resposta imune muito mais rápida se já houver dados sobre o invasor. Se o antígeno for completamente novo, é necessário algum tempo até que o organismo descubra quais os anticorpos são mais indicados para combater aquele tipo de partícula.

A doença autoimune ocorre quando o sistema de defesa perde a capacidade de reconhecer o que é "original de fábrica", levando a produção de anticorpos contra células, tecidos ou órgãos do próprio corpo.Exemplo:
A causa da mielite transversa idiopática é desconhecida, mas a maioria dos fatos aponta para um Processo Autoimune. Ou seja, o próprio sistema imunológico do paciente é estimulado de forma anormal a atacar a medula espinhal, causando inflamação e danos no tecido.
O tratamento das doenças autoimunes consiste na inibição do sistema imune através de drogas imunossupressoras como corticoides, ciclofosfamida, azatioprina e outros.

Como ainda não conseguimos realizar uma imunossupressão seletiva aos anticorpos indesejáveis, acabamos por criar um estado de imunossupressão geral que predispõe esses pacientes a infecções por bactérias, vírus e fungos. É a famosa história do cobertor curto.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Nível da lesão e efeito

O que é Mielite
A Mielite Transversa é uma doença neurológica causada por um processo inflamatório das substâncias cinzenta e branca da medula espinhal, e que pode causar desmielinização axonal. O nome é derivado do grego myelós referindo-se à "espinha dorsal", e o sufixo ite, que indica inflamação.
É uma doença neurológica rara, que faz parte de um conjunto de doenças neuroimunológicas do sistema nervoso central. Outras doenças nesse conjunto incluem: Encefalomielite Disseminada Aguda (ADEM), Neurite Óptica, e Neuromielite Óptica (doença de Devic).
Todas essas desordens envolvem ataques inflamatórios no sistema nervoso central. Elas são diferenciadas principalmente pelo local do ataque, e por elas serem ou monofásicas (ocorrência única) ou muiltifásicas (de múltiplos episódios). Essas desordens têm muitos sintomas em comum, e as estratégias de tratamento delas são similares.
Há uma grande variedade na apresentação de sintomas, que são baseados na parte da medula espinhal que foi afetada e na gravidade dos danos na mielina e nos neurônios na medula espinhal. Os sintomas da MT incluem: fraqueza muscular, paralisia, parestesia ou sensações desconfortáveis nos nervos, dor neuropática, espasticidade, fatiga, depressão, e disfunção sexual, intestinal, e vesical. A MT pode ser aguda ou também pode se desenvolver lentamente. Além disso, existem várias variações no diagnóstico da MT.
 

Causas
A MT pode ocorrer isoladamente ou em conjunto com outras doenças. Quando ocorre sem causa subjacente aparente, ela é referida como idiopática. Supõe-se que ela seja um resultado da ativação anormal do sistema imunológico contra a medula espinhal. A MT freqüentemente se desenvolve no ambiente de infecções virais e bacterianas
 
Tratamento

Corticosteróides são drogas usadas tipicamente como tratamento para a inflamação da medula espinhal em pacientes com MT. A plasmaférese também é usada como um tratamento para suprimir o sistema imunológico. A reabilitação, especialmente a fisioterapia, é uma parte essencial do tratamento. Os pacientes seguem um regime de reabilitação típico para lesões da medula espinhal. O tratamento de longo prazo para a MT se concentra no manejo de sintomas.

Quem contrai MT e quais são as possibilidades para a recuperação?

Essa doença pode aparecer em qualquer idade (desde os 5 meses até os 80 anos). O maior número de casos de MT parece estar entre 10 a 19 anos e após 40 anos de idade. Pessoas de ambos os sexos parecem ser diagnosticadas igüalmente. A literatura sugere que a taxa anual da incidência de um diagnóstico de MT é 1,34 casos por milhão de pessoas.

A recuperação pode ser ausente, parcial ou completa e geralmente inicia-se entre um a três meses. Uma recuperação significante é improvável se nenhuma melhora ocorrer por três meses. A maioria dos pacientes com MT demonstram uma recuperação boa ou moderada . Um terço daqueles diagnosticados têm uma recuperação boa, um terço têm somente uma recuperação moderada e um terço não demonstram recuperação após o período inicial.
 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Aconteceu comigo...

Meu nome é Jane Valle, tenho 33 anos e sou professora de matemática. De 17/12/2010 ao dia 20/12/2010  senti dormências e formigamentos nas pernas, pensei ser caudado por excesso de trabalho, não dando a devida importância. Dia 21/12/2010 acordei e fui trabalhar normalmente, chegando ao local de trabalho percebi que havia perdido todos os movimentos dos membros inferiores, sendo encaminhada para o hospital. Antes de receber o atendimento, já havia pertido também os movimentos dos membros superiores. Logo após ser atendida por uma equipe chefiada por um neurologista, iniciou-se todo processo por ele julgado necessário. Fiz vários exames dentre: tomografias, punção lombar e ressonâncias. Percebeu-se através dos exames uma lesão na coluna cervical, originada de uma inflamação medular sendo diagnosticada como mielite. Recebi alta hospitalar dia 14 de janeiro de 2011. Após 1 mês de tratamento dei o segundo surto, fui novamente hospitalizada. Passados 2 meses da segunda alta, fui para a Rede Sarah Hopital de Reabilitação em Bh. Desde então mantenho um acompanhamento regular com neurologista, personal trainer e medicamentos, tendo uma melhora significativa. Criei esse blog para contactar pessoas que também tenham mielite ou se interessam pelo assunto, para trocarmos experiências e/ou esclarecermos dúvidas.
As informações aqui publicadas não devem ser tomadas como diagnósticos e tratamentos. Para diagnósticos, tratamentos, etc., consulte um médico.

Sejam bem vindos!

Um abraço