segunda-feira, 25 de junho de 2012

Oscilação de bem estar e fraqueza muscular


Graças a Deus tive uma melhora significativa nesse ano. Mas a sensação de bem estar e fraqueza muscular tem oscilado muito. Quando sinto meu corpo mais fraco, tb percebo uma maior rigidez ao caminhar.
Tenho tido tb um pouco de incômodo no olho esquerdo.  Mas enfim... agradeço a Deus por toda melhora e procuro viver um dia de cada vez, sempre na esperança de um amanhã melhor.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Recuperação

Logo após a lesão, a sua medula espinhal deixa de realizar as funções durante um período de tempo ( semanas ou meses ). Todos os reflexos abaixo do nível de lesão estarão ausentes durante esse período, que é denominado choque medular.

O retorno dos reflexos abaixo do nível da lesão marca o final do choque medular. Neste momento, o seu médico pode determinar se sua lesão está se comportando como uma lesão completa ou incompleta. 

Se você tem lesão incompleta, alguma sensação ou movimento poderá retornar. Porém, ninguém pode determinar se isso acontecerá com você ou , em caso de algum retorno de sensação e/ou movimento, ninguém pode determinar o quanto esse retorno será funcional. somente o tempo poderá determinar essas respostas.

A sua reabilitação deverá ser iniciada imediatamente. Você será orientado a realizar atividades e exercícios para trabalhar o que você apresenta no momento atual ( seu quadro neurológico ). Se você recuperar alguma sensação e/ou movimento, a sua equipe de reabilitação desenvolverá novas metas para você.


Neurorreabilitação em lesão medular - Rede Sarah de hospitais de reabilitação.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Plasmaferese


Resolvi postar esse artigo sobre plasmaferese, pois quando fui atendida de urgência em um hospital na cidade de Belo Horizonte, onde residia uma grande equipe de neurologia, um dos tratamentos que seria realizado em mim caso eu não mostrasse uma melhora significativa dentro de um determinado tempo, seria o plasmaferese. Ou seja, ele também é usado em alguns casos de mielite transversa.


A plasmaferese é um processo de remoção de elementos do plasma sanguíneo que possam ser responsáveis por algumas doenças. A indicação mais comum é para remoção de anticorpos e complexos autoimunes.

Como é feita a plasmaferese?

A plasmaferese é um método semelhante à hemodiálise, realizado com o mesmo tipo de máquina.

Enquanto na hemodiálise o filtro remove as toxinas acumuladas pela insuficiência renal, o filtro da plasmaferese é capaz de remover o plasma do sangue, levando consigo as substâncias indesejáveis que estão causando doenças.
O problema é que a plasmaferese filtra todas as substâncias do plasma, tanto as maléficas quanto as benéficas, inclusive a água presente. Por isso o mesmo volume que é eliminado na plasmaferese é reposto com bolsas de plasma fresco (ou albumina) fornecidos pelo banco de sangue.
Assim como na hemodiálise, na plasmaferese é preciso um acesso venoso para que se possa levar o sangue até a máquina e depois trazê-lo de volta ao paciente. Comumente usa-se cateteres de hemodiálise na veia jugular interna ou na veia femoral para realização da plasmaferese.
As sessões de plasmaferese duram em média duas horas e podem ser realizadas diariamente ou em dias alternados, dependendo da doença em questão. O tempo total de tratamento também depende da substância plasmática que se pretende filtrar e da melhora clínica do paciente, durando em geral uma a duas semanas.

É importante entender que a plasmaferese remove as proteínas indesejáveis, mas não influi na sua produção. Essa informação é importante em duas situações:

1- Se o caso em questão for uma doença autoimune, junto com a plasmaferese para remover os auto-anticorpos, é necessário também o tratamento com drogas imunossupressoras para impedir que novos anticorpos maléficos sejam produzidos enquanto se retira os que já circulam na corrente sanguínea. Caso contrário, em poucos dias, tudo o que foi retirado do plasma estará de volta.

2- Alguns anticorpos e proteínas maléficas sobrevivem por mais de 20-30 dias. Mesmo que o tratamento com drogas imunossupressoras consiga cessar a produção de novos, se não for realizada a plasmaferese, aqueles anticorpos ou proteínas já produzidas continuarão circulando e atacando o organismo ainda por vários dias. Dependendo da virulência da doença, isso é inaceitável, podendo ser tempo suficiente para levar o paciente ao óbito ou à lesão irreversível de algum órgão.

Indicações para plasmaferese

Duas doenças neurológicas de origem autoimune são as maiores indicações para plasmaferese. São elas a Miastenia Gravis e a Síndrome de Guillain-Barré.

Complicações da plasmaferese

Como qualquer procedimento médico invasivo, a plasmaferese apresenta sua taxa de complicações.
Assim como na hemodiálise, a punção de um vaso profundo para implantação do cateter pode levar a problemas como sangramentos e infecção.
Como no plasma encontram-se os fatores responsáveis pela coagulação, quando a reposição do volume retirado é feita apenas com albumina, e não com plasma fresco, existe o risco de hemorragias pela depleção das proteínas da cascata da coagulação.
Quando a reposição é feita com bolsas de plasma fresco, há menor risco de sangramentos, porém, outras complicações podem surgir. O plasma fresco é obtido através de doações de sangue, onde o plasma é retirado e colocado em bolsas separadas. Portanto, a infusão de plasma fresco pode apresentar complicações semelhantes às que ocorrem em transfusões de sangue. Uma delas é a transmissão de infecções como hepatite e HIV. Outra é a reação à proteínas presentes no plasma podendo causar anafilaxia.
Os derivados de sangue possuem citrato em seu interior para impedir a coagulação dentro da bolsa. O citrato quando infundido no sangue liga-se ao cálcio impedindo que este exerça suas funções normais no organismo, levando a sintomas semelhantes aos da falta de cálcio no sangue (câimbras, alterações neurológicas, dormências nos membros, etc.)
Apesar de teoricamente ser mais lógico realizar a reposição do plasma retirado com a transfusão de plasma fresco, o fato é que, quando a reposição é feita apenas com soro albuminado, as taxas de complicações são menores.
Algumas doenças, porém, apresentam melhor resposta quando a reposição é feita com plasma, principalmente na púrpura trombocitopênica trombótica. Portanto, a indicação do tipo de reposição é feita individualmente.

Leia o texto original no site MD.Saúde: PLASMAFERESE | o que é, indicações e complicações. http://www.mdsaude.com/2009/10/plasmaferese.html#ixzz1wyEmsMmw