terça-feira, 23 de abril de 2013

Desistir?

Desistir?

Eu já pensei seriamente nisso, 
mas nunca me levei realmente a sério.
É que tem mais chão nos meus olhos
do que cansaço nas minhas pernas,
mais esperança nos meus passos
do que tristeza nos meus ombros,
mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.

Cora Coralina

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Equoterapia e Equilíbrio



A equoterapia é um método que se constitui em uma atividade educacional e terapêutica, com abordagem interdisciplinar de profissionais das áreas da saúde e educação que utiliza o relacionamento com o cavalo como motivador e terapêutico, bem como os benefícios físicos, educacionais e emocionais, em nível de estimulação proprioceptivas, da sua andadura simétrica ao passo.

Benefícios

Através deste método, busca-se o desenvolvimento biopsicossocial, estimulando o potencial de cada indivíduo. Alia a intervenção dos profissionais ao uso do cavalo, nos quais as variadas vivências e aspectos sócio-afetivo-educacionais são trabalhados, sendo fatores fundamentais para o desenvolvimento global dos praticantes de equoterapia.

Por meio da equoterapia é possível resgatar a motivação e a auto-estima de crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentem dificuldades escolares, problemas psicológicos, atrasos psicomotores, atrasos da linguagem e problemas fonoarticulatórios, oferecendo estímulos cerebrais facilitadores do aprendizado, da atenção e da concentração, com o auxílio dos movimentos tridimensionais e a presença da figura do cavalo e da equipe de profissionais especializados.

A utilização do cavalo proporciona ao praticante uma série de vantagens, tais como: o movimento tridimensional fornece imagens cerebrais seqüenciais e impulsos importantes para aprender ou reaprender a andar; o movimento rítmico e balançante estimula o metabolismo, a regulação do tônus, e o funcionamento dos sistemas cardiovasculares, respiratórios e sono-vigília; o movimento de mudança constante estimula o sistema vestibular e solicita uma adaptação constante do próprio equilíbrio, fortalecendo a musculatura e a coordenação; a imponência e a altura do cavalo podem desenvolver a coragem, a auto confiança, concentração, sentimentos de independência, entre outros; a docilidade e o contato com o cavalo pode acarretar no desenvolvimento da tranqüilidade, da capacidade social e da comunicação.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Rumo à Superação...


Logo após o período hospitalar, passei a fazer fisioterapia diariamente em minha casa, sendo acompanhada por dois fisoterapeutas ( Vinícius Atayde e Lívia Morato ). O vídeo acima, retrata a primeira vez que consegui caminhar com ajuda do meu fisioterapeuta. A cada passo dado, um motivo para vibração.
Quando vejo esse vídeo de 2 anos atrás, percebo o quanto só tenho a agradecer!!!

A primeira vez a gente nunca esquece!!!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Determinação e superação

Vale a pena assistir esse belo exemplo de luta e superação!!!

http://globoesporte.globo.com/globo-esporte/videos/t/globo-esporte-rj/v/taca-das-favelas-conta-com-presenca-de-menina-que-ja-foi-cadeirante-por-cinco-anos/2375972/

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Dengue X Mielite


Vírus da dengue pode levar a transtornos neurológicos
Vilma Homero 

Durante a epidemia de dengue de 2002, muitos pacientes não diagnosticados com a doença deram entrada nos hospitais da rede pública com quadros neurológicos. Segundo a neurologista Marzia Puccioni-Sohler, não se tratava de coincidência. Como mostrou na pesquisa que coordena na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a presença do vírus da dengue pode desencadear doenças neurológicas, como a encefalite, a meningite, ou a síndrome de Guillain-Barré. Para confirmar e também compreender melhor a associação entre a infecção pelo vírus da dengue e as manifestações neurológicas, o estudo pesquisou a produção de anticorpos contra o vírus no sistema nervoso. Essa confirmação não apenas facilita o diagnóstico precoce das doenças associadas à dengue, como permite que se trace um tratamento mais eficaz. 
"Nossa dúvida era se a dengue causava ou não doença neurológica. Encontramos tantos casos neurológicos que poderiam estar associados à dengue que, para confirmar essa relação, decidimos testar a presença de anticorpos de fase aguda nesses pacientes, independente de história prévia de dengue. Porque vários deles não apresentavam sintomas da dengue clássica e muitos eram assintomáticos", fala a pesquisadora. Seu estudo "Síntese Intratecal de Anticorpos na Dengue", desenvolvido no Laboratório de Líquido Cefalorraquidiano do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, foi recentemente publicado na revista Neurology, como um dos sete destaques da edição e motivo de entrevista pela American Academy of Neurology. O trabalho contou com apoio do Auxílio à Pesquisa (APQ 1), da FAPERJ.
Entre os casos de dengue provocados pelos vírus da dengue (dos tipos 2 e 3), de 1% a 5% evoluem para doenças neurológicas. Isso tanto pode acontecer pela atuação direta do vírus sobre o sistema nervoso, provocando inflamações – como no caso da mielite e da encefalite –, quanto pelo desenvolvimento de doenças neurológicas devido a uma reação imunológica, cujos sintomas costumam surgir cerca de um mês depois da contaminação pelo vírus. 
"No Rio de Janeiro, isso é preocupante. O estado é uma área endêmica, com alta incidência de dengue. Por isso, sugerimos que, em situações de epidemia, os casos de mielite, encefalite e síndrome de Guillain-Barrè sejam investigados. Isso pode ser feito com pesquisa de anticorpos IgM ou procurando detectar a presença de vírus no líquido cefalorraquiano ou no sangue desses pacientes", aponta a neurologista. 
A equipe coordenada por Marzia analisou amostras de 10 pacientes com sorologia positiva para dengue – entre eles, casos com sintomas neurológicos de encefalite, mielite, neuromielite óptica e síndrome de Guillain-Barré. Durante a pesquisa, foi possível observar a existência de síntese de anticorpos antidengue no líquido cefalorraquiano de pacientes com mielite. "Isso demonstra que se pode ter um marcador de infecção viral no sistema nervoso. Em pacientes com mielite – inflamação da medula espinhal –, por exemplo, essa produção de anticorpos no sistema nervoso se torna um marcador da ação do vírus da dengue", explica. Para a pesquisadora, esse passa a ser um grande apoio ao diagnóstico à mielite associada à dengue e permite a melhor compreensão da origem desta manifestação neurológica provavelmente relacionada à invasão viral. 
Embora nos pacientes com neuromielite óptica e síndrome de Guillain-Barré, não se tenha registrado produção de anticorpos contra o vírus da dengue, isso não significa que não haja relação entre as duas doenças. "Nesses casos, devemos considerar uma provável causa autoimune desencadeada pela presença do vírus", explica Marzia. 
A síndrome de Guillain-Barré apresenta características distintas."Trata-se de uma doença autoimune, precedida por uma infecção, provocada muitas vezes pela entrada de um vírus no sistema nervoso, que ativa o sistema imunológico, gerando uma reação imune contra proteínas do sistema nervoso periférico", explica. Segundo a pesquisadora, esses anticorpos confundem as proteínas do próprio organismo com proteínas do vírus com o qual tiveram contato, e passam a atacá-las. É essa reação que leva à síndrome de Guillain-Barré, doença inflamatória das raízes dos nervos. "Que, nesse caso, é desencadeada pelo vírus da dengue", diz a pesquisadora. A neuromielite ótica também é provocada por processo semelhante. 
Os sintomas da dengue já são bem conhecidos: febre alta, dor de cabeça intensa, desânimo e dores nas articulações, mialgia e dor retro-ocular. Nos casos de encefalite, no entanto, há repentina redução do nível de consciência, sonolência, convulsões, déficit neurológico focal, como perda da força de um dos lados do corpo e o paciente passa a não mais responder a estímulos do ambiente. Na mielite, há também a perda de força muscular dos membros inferiores, e o doente perde a capacidade de andar. Na síndrome de Guillain Barre, essa perda de força muscular pode ascender, atingindo também os membros superiores. O risco maior é de se chegar a uma deficiência respiratória. 
Pacientes diagnosticados com essas doenças neurológicas associadas à dengue, no entanto, não devem preocupar-se demais. Em geral, elas são benignas. "Tratamos as manifestações neurológicas com medicamentos específicos e os sintomas tendem a desaparecer em alguns dias, sem deixar sequelas", tranquiliza a pesquisadora, embora situações mais graves possam eventualmente ocorrer. Ela esclarece ainda que nos casos de Guillain-Barré associada à dengue, a doença segue durante 15 a 20 dias. Depois desse processo, os pacientes evoluem com melhora e não há quaisquer consequências. "Apenas num único caso de mielite, entre os que estudamos, houve a perda de força nos membros inferiores, que se manteve por um ano, como sequela da doença neurológica", diz. 
A pesquisa é parte do projeto "Implantação da rede de biologia molecular no SUS", coordenado por José Mauro Peralta, do Instituto de Microbiologia da UFRJ (apoio FAPERJ, em parceria com MS – Programa PPSUS), e também contou com a participação do microbiologista Mauro Jorge Cabral Castro, do biólogo Luis Cláudio Faria e das neurologistas Cristiane Soares e Regina Alvarenga. 

http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=6050



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dia a dia...

Mesmo já tendo voltado a andar há mais tempo, ainda sinto uma certa pressão na área lombar e um desequilíbrio considerável. Sem tirar a rigidez que faz parte do dia a dia.
Não sei se isso tende a melhorar com mais um tempo, ou se já é uma sequela da mielite.
Tenho optado por fazer minhas atividades físicas em uma academia. Lá realizo todos os exercícios para fortalecimento muscular e toda parte aeróbica necessária para uma melhor recuperação.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Disreflexia Autonômica


Disreflexia autonômica é uma complicação frequente em pessoas com lesões cervicais e que pode ocorrer também em pessoas que possuem lesão medular acima do nível torácico seis (T6)
Qualquer estímulo que normalmente causaria dor e desconforto, mas que a pessoas com lesão medular não sente, pode causar uma crise de disreflexia.
As causas mais comuns da disreflexia autonômica são a bexiga ou o intestino cheio e distendido. Outros exemplos de causas são menstruação, parto, cálculo nos rins, feridas na pele, unha encravada, roupa apertada, etc.
A pressão arterial elevada e descontrolada é a consequência mais perigosa da disreflexia.

Sintomas:

  1.   Dor de cabeça severa
  2.  Ver pontos brilhantes diante dos seus olhos
  3.  Visão borrada
  4.   Arrepios acima do nível da lesão
  5.   Sudorese acima do nível da lesão
  6.  Manchas vermelhas na pele, acima do nível da lesão
  7.  Obstrução nasal
  8.   Frequência cardíaca baixa

O que fazer se você tiver disreflexia autonômica?

  1. Sente-se;
  2. Verifique se há problemas urinários;
  3. Verifique se há problemas com o seu intestino;
  4. Verifique se há problemas na sua pele.  Retire a roupa e procure por cortes, contusões ou escaras em seu corpo.  A própria roupa muito apertada pode causar disreflexia.
Se essas providências não melhorarem a situação ou se esta ocorrer com frequência, entre em contato com seu médico ou procure um pronto atendimento imediatamente.  A disreflexia autonômica é uma emergência médica.

Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação